Cuidado, pois você pode ter a síndrome da dor miofascial . Uma síndrome cada vez mais popular é a da dor miofascial, condição de dor crônica que atinge o sistema musculoesquelético. A maior parte das pessoas apresenta dores musculares ao longo da vida, que se resolvem por conta própria. Contudo, algumas persistem com o problema.
Em quem tem a síndrome, os pontos sensíveis são conhecidos como pontos-gatilho, que se desenvolvem nas faixas tensas dos músculos (a fáscia). Se existe pressão nesse ponto, há dor em uma parte diferente do corpo.
A Síndrome Dolorosa Miofascial é uma das principais causas de dor músculo-esquelética. Consiste em uma disfunção neuromuscular local em regiões sensíveis, localizadas em bandas musculares tensas (contraturadas) que provocam dor nas áreas afetadas ou próximas. Assim, ocasiona dor no tecido que envolve os órgãos do corpo, no caso os músculos. Os sintomas geralmente são sentidos nos braços, cabeça, pescoço, glúteos, ombros e região lombar. Não há risco de vida, embora a qualidade seja comprometida.
A incidência é maior em pessoas com mais de trinta anos, principalmente em atletas, que começam a ter nódulos ou contrações musculares. Quando essas regiões são estimuladas, existe grande dor, que acomete outras partes do corpo.
A origem da síndrome é associada à depressão, à ansiedade e à anemia, mas também ao diabetes, a problemas reumáticos e na tireoide. Podem se relacionar a exercícios físicos, quando há estresse muscular (mau condicionamento físico, postura ruim, trauma, roupas apertadas, distensão). A doença é a causa mais comum de dor muscular: nas clínicas especializadas, é encontrada em 85% dos casos. É confundida com outras enfermidades, como a fibromialgia, o que dificulta o diagnóstico correto.
O diagnóstico é realizado clinicamente por um médico especialista em reabilitação e dor - o fisiatra. São verificadas as zonas musculares tensas nos músculos afetados, por meio de um exame do aparelho locomotor que visa identificar os pontos de gatilho. É possível que seja solicitado exame de raio-x e de sangue, a fim de conferir precisão total. Ao relatar sobre a dor, o paciente deve informar o seu histórico de doenças, tanto psicológicas quanto físicos.
A dor miofascial é percebida pelo estímulo, como a rigidez muscular que é gerada nos pontos de gatilho dos músculos. Os fatores que intensificam o risco de pontos de gatilho são lesões musculares, movimentos repetitivos, má postura, estresse e ansiedade. O tratamento elimina ou minimiza a dor gerada pelo ponto de gatilho, em associação práticas de acupuntura, exercícios de alongamento e uso de medicação, como analgésicos e anti-inflamatórios. É importante achar a origem do problema para encontrar o tratamento adequado, que corrige as causas.
Se o problema é na postura, é fundamental corrigi-la para que a movimentação seja aprimorada. O portador da síndrome precisa estar consciente da importância de seguir todas as recomendações médicas, pois o processo de reabilitação depende de seu esforço e dedicação. Melhorar a ergonomia no trabalho, por exemplo, é uma medida essencial, bem como atentar a hábitos cotidianos que possam estar piorando a dor.
Algumas orientações no tratamento incluem o uso de técnicas de relaxamento - ioga, meditação - capazes de aliviar o estresse emocional, a inclusão de atividades específicas, a moderação do consumo de bebidas alcoólicas, correção da postura, apoio psicológico e o abandono do tabagismo. O repouso é sugerido até a melhora da dor, pois atividades que sobrecarregam o músculo devem ser evitadas. Devem ser feitas sessões de fisioterapia e reabilitação.
Diferente da fibromialgia, que afeta vários locais do corpo de modo generalizado, a síndrome miofascial é mais localizada e é caracterizada pelos pontos de gatilho. Ambas precisam ser tratadas, a fim de que a qualidade de vida seja recuperada. Na presença de dor constante, procure ajuda de um profissional como o fisiatra. O caminho para gerenciar a dor é escolher um tratamento abrangente, que se adapte à sua rotina.