Um dos problemas mais comuns são as doenças vasculares: consistem em disfunções da movimentação dos líquidos corpóreos, afetando os sistema arterial, venoso e linfático.
A fisioterapia é capaz de tratar essas condições, reduzindo o desconforto e amenizando a manifestação dos sintomas.
A principal queixa dos pacientes é a claudicação intermitente. Nesse sentido, a fisioterapia tem um papel importante no progresso funcional, possibilitando maior resistência muscular e o retorno da capacidade deambulatória. A prática supervisionada de atividades aeróbicas, como caminhada e bicicleta, traz resultados positivos na capacidade de caminhar, pois o oxigênio passa a ser utilizado adequadamente, produzindo energia com melhor metabolismo muscular. Assim, ocorre a redistribuição correta do fluxo sanguíneo periférico. A sugestão de atividades físicas regulares é normalmente indicada no tratamento de pessoas com doença arterial periférica, já que existem diversos estudos que comprovam a eficácia e a contribuição para o desenvolvimento de uma boa qualidade de vida.
A insuficiência venosa crônica, por sua vez, relaciona-se ao aumento da pressão hidrostática intraluminal, que é modificada devido a posturas estáticas por tempo prolongado, ao histórico familiar, à obesidade, ao estilo de vida e a fatores associados à idade e ao sexo. Os sintomas da doença são a sensação de peso, formigamento e queimação no fim do dia. Há, também, a presença de telangiectasias, edemas, hiperpigmentação e até mesmo úlceras, que influem negativamente no cotidiano do paciente. A fisioterapia diminui a pressão intraluminal venosa através da adoção de exercícios que aumentam a força e a resistência muscular do tríceps sural (interligado ao retorno venoso).
Outra opção terapêutica é o uso de recursos que aumentam a mobilidade do tornozelo e a flexibilidade da musculatura, além de uma rotina de caminhada ou bicicleta com elevação dos membros inferiores.
De modo geral, o sistema linfático pode ser explicado como uma rede de vasos e capilares linfáticos, ductos linfáticos e linfonodos - este último responsável pela drenagem dos fluídos corporais e produção de células imunes. Enfermidades, linfadenectomia ou causas congênitas ocasionam a deficiência do funcionamento do sistema linfático, provocando o linfedema, caracterizado pela condição crônica e progressiva do acúmulo de proteínas no interstício.
A fisioterapia consegue alterar as pressões entre o tecido e os vasos, direcionando a linfa ao sistema circulatório com a drenagem linfática seguida pelo enfaixamento compressivo e pela realização de determinados exercícios. Dessa forma, há redução do linfedema, o que possibilita maior independência e autonomia ao paciente, aprimorando sua qualidade de vida.