Muitas pessoas nunca ouviram falar, por isso ainda não colocaram em prática: a liberação miofascial está em alta para melhorar o rendimento nos exercícios físicos. Essa técnica tem mostrado resultados interessantes também na recuperação pós-treino.
Se você está se perguntando qual o segredo, nós explicamos: o método emprega o trabalho manual, com uso de técnicas como fricção, deslizamento, compressão, alongamento, percussão e vibração. A liberação miofascial também pode ser realizado de forma instrumental, em que são utilizados rolos de espuma e até mesmo bolas de tênis. O principal objetivo é aliviar e prevenir dores musculares, incluindo benefícios na postura e flexibilidade, além do estímulo da circulação sanguínea.
O modo manual normalmente consiste na atuação do fisioterapeuta com suas próprias mãos sobre o paciente, aplicando-se alguma força de torção nos tecidos. Depois, as mãos prosseguem ao longo de planos fasciais, procurando áreas de retesamento e frouxidão. Aplica-se a tensão nessa área e, então, há a sensação de liberação. As técnicas são bastante individualizadas em função da necessidade do paciente, da capacitação, do treinamento e da experiência clínica do profissional.
Todo esse processo ocorre por causa da fáscia, lâmina de tecido que contêm diferentes espessuras e funciona como uma espécie de envelope, ‘separando’ as diferentes estruturas do corpo que promovem sustentação. No caso dos músculos, permite que não ocorra atrito entre eles, coordenando os movimentos e exercendo função cognitiva nos tendões.
E o que isso tem a ver com as lesões? É mais simples do que parece: algumas disfunções ocasionadas por má postura, traumatismos e tensões podem sobrecarregar a camada miofascial, provocando desequilíbrios e tornando-a mais espessa, rígida e aderida aos músculos. Isso interfere na movimentação, prejudicando a postura e levando à falta de força muscular. Como a fáscia é um tecido ininterrupto, é possível que haja um efeito dominó, que vai atrapalhar as estruturas adjacentes.
Quando esse problema aparece, a liberação miofascial se torna ainda mais importante. O tratamento com a técnica é feito a partir de manobras lentas e contínuas que aplicam pressão em certos pontos do corpo. A liberação diminui a tensão na fáscia e ameniza os sintomas. Indicamos o método também para a prevenção, pois reduz as chances do aparecimento de lesões.
Engana-se quem pensa que só atletas devem aderir à liberação miofascial: pelo contrário, é indicada a todas as idades e estilos de vidas. Afinal, quem não sente alguma tensão no corpo quando chega o fim do dia?